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Novo parecer técnico sobre localização do Centro Hospitalar do Oeste
O presidente da Câmara das Caldas da Rainha, Vítor Marques, enviou, esta sexta-feira, ao primeiro-ministro, ao presidente da República e aos grupos parlamentares um parecer técnico-científico sobre as metodologias a adotar na definição da localização do novo Centro Hospital do Oeste (CHO).
Hoje, a partir das 16.30 horas, o município promove uma iniciativa de mobilização cívica, designada “Vozes pelo hospital – Em defesa da saúde no Oeste”, seguida de uma vigília, no largo do Hospital Termal, onde se irá bater pela construção do CHO num terreno situado em Óbidos e nas Caldas.
Elaborado pela Universidade de Aveiro, pelo Instituto Superior Técnico e pelo Centro de Estudos e Desenvolvimento Rural e Urbano (CEDRU), o parecer já tinha sido entregue a Ana Jorge, coordenadora do grupo de trabalho que indicará a melhor localização para o novo CHO.
A primeira data apontada para anunciar a decisão era precisamente o dia de hoje, 31 de março, mas Vítor Marques garante ao JN que houve abertura do ministro da Saúde, Manuel Pizarro, para adiar a escolha até ao final de abril.
Estudo redutor
O pedido deste parecer surge após a Comunidade Intermunicipal do Oeste ter apresentado um estudo da Universidade Nova a defender como localização do novo CHO o Bombarral. “Não nos revemos nesse estudo. Os critérios do tempo e da distância são muito redutores”, justifica Vítor Marques.
Já este parecer defende que deve ser considerada a acessibilidade dos utentes potenciais e dos recursos humanos a deslocalizar; os custos de acessibilidade; as externalidades ambientais; a mobilidade; e as condições para alavancar efeitos económicos e de I&D que acelerem o desenvolvimento regional.
Os autores deste estudo consideram ainda fundamental ter em conta as condições para que os trabalhadores deslocalizados e as suas famílias possam residir na proximidade do novo CHO com qualidade de vida; e as condições de atração e fixação de novos profissionais qualificados, respondendo às suas expectativas de vida.
O presidente da autarquia garante ao JN que a solução de construir o novo CHO num terreno plano com 60 hectares, propriedade dos municípios de Óbidos (35 hectares) e das Caldas da Rainha, é a mais sensata, por serem terrenos públicos, e estar a decorrer a revisão do Plano Diretor Municipal nos dois concelhos.
Além disso, Vítor Marques argumenta que se pode utilizar um projeto que já esteja feito, para poupar tempo e recursos. Revela ainda que esta localização conta com o apoio do presidente da Câmara de Rio Maior, Luís Santana Dias, e de outros autarcas, que preferem não o assumir publicamente.
“A região Oeste é das piores do país em termos de oferta hospitalar”, afirma Vítor Marques. “O CHO tem de fazer parte da rede nacional hospitalar. A decisão tem de se basear em múltiplos critérios. Esperamos que haja bom senso, até porque estamos a falar de um investimento público superior a 150 milhões de euros.”
Vozes pelo hospital
A partir das 16 horas de amanhã, dia 1, haverá animação musical por diferentes ruas das Caldas da Rainha até ao largo do Hospital Termal, onde atuará o grupo de Bombos da Escola Técnica e Empresarial do Oeste, Gaiteiros da Fanadia e da Banda de Comércio e Indústria.
Às 17.15, será a vez de dar a voz aos munícipes que queiram intervir, mediante inscrição no local. Cerca de uma hora depois, o palco será da cantora Joana Rodrigues e, pelas 18.40 horas, estão previstas intervenções políticas. Às 19:30 horas, decorrerá uma vigília pelo hospital e, 15 minutos mais tarde, segue-se a atuação do Grupo Coral da Casa do Pessoal do Centro Hospitalar das Caldas da Rainha.
Fonte: JN
31/03/2023