Financiamento e recursos humanos apontados como entraves à adaptação climática no Alentejo

Financiamento e recursos humanos apontados como entraves à adaptação climática no Alentejo

Projeto financiado pelos EEA Grants permitiu a 14 municípios da região criar estratégias integradas para enfrentar as consequências das alterações climáticas. “Os desafios são grandes para o poder local, daí a importância destes planos de ação”, considera o presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central.

Segundo o Diário de Notícias, nos próximos 30 anos, a região do Alentejo corre o risco de perder entre 28% e 40% dos recursos hídricos disponíveis. Este é o cenário que ajuda a enquadrar a urgência da resposta aos desafios levantados pelas alterações climáticas, em particular numa zona do país especialmente afetada por longos e intensos períodos de seca.

Apesar das estimativas, Carlos Pinto de Sá, presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC), não tem dúvidas de que será possível ultrapassar estes obstáculos. Para isso, porém, é preciso ação. “Em Portugal não nos faltam diagnósticos, o problema está na concretização”, considerou, esta sexta-feira, durante uma conferência promovida em Évora.

O também autarca da capital de distrito foi um entre mais de uma dezena de oradores que participaram no encerramento do Adapta.Local.CIMAC, uma iniciativa desenhada para criar Planos Municipais de Adaptação às Alterações Climáticas em 14 concelhos do Alentejo Central. “Os desafios são grandes para o poder local, daí a importância destes planos de ação”, disse ainda Pinto de Sá. Além de preparar a região para os efeitos das mudanças do clima com documentos que identificam áreas de ação prioritária em cada município, o projeto financiado pelos EEA Grants promoveu a capacitação dos recursos humanos das autarquias e sessões de sensibilização com a população.

Numa análise do IDN sobre os desafios dos municípios na adaptação às mudanças climáticas, Rudnicka aponta a dificuldade de “contar com instrumentos financeiros e subsídios” para apoiar o trabalho, bem como a falta de recursos humanos disponíveis para realizar a tarefa. “As cidades menores, em particular, precisam de apoio com conhecimento e orientação”, observou. Precisamente no que diz respeito à formação de técnicos e agentes políticos, o projeto conta também com a assessoria do CEDRU – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Regional e Urbano. “Cada cidade desenvolveu uma estratégia de adaptação e um plano de ação, que identifica as atividades que precisam ser implementadas até o final da década”, explicou o presidente Sergio Barroso. Doze eventos também foram organizados, incluindo webinars e workshops.

Fonte: Diário Campanário

04/06/2023

Alentejo Central: Projeto termina com 14 Planos Municipais de Adaptação às Alterações Climáticas

Projeto adapta cimac

Decorreu na passada sexta-feira, em Évora, o Seminário Final do projeto Adapta.Local.CIMAC – Planeamento da Adaptação Climática Municipal no Alentejo Central.

Um evento dedicado à apresentação dos Planos Municipais de Adaptação às Alterações Climáticas.

O Seminário teve lugar no Auditório principal da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDR-A).

O projeto que agora chegou ao fim pretendeu promover a integração do Plano Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas do Alentejo Central à escala municipal, bem como dotar os municípios do Alentejo Central de um instrumento estratégico e operacional de adaptação às alterações climáticas que aumente a resiliência local. Foi ainda objetivo deste projeto promover a integração da adaptação às alterações climáticas nos Instrumentos de Gestão Territorial, definir um quadro operacional de adaptação às alterações climáticas a implementar até 2030 e aumentar a capacidade adaptativa dos municípios promovendo a capacitação dos técnicos municipais no domínio da adaptação climática local, sendo que se pretendeu também aumentar a sensibilidade e a preparação dos atores locais e regionais para lidarem com as implicações das alterações climáticas.

Em declarações aos jornalistas, o presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central, Carlos Pinto de Sá, referiu que o final deste projeto é “um ponto de chegada e um ponto de partida, porque tem a ver com a elaboração, por parte dos municípios da CIMAC, de planos para mitigação e adaptação às alterações do clima.

Carlos Pinto de Sá explicou que “com o apoio do Fundo Norueguês e com a cooperação de várias entidades, este projeto permitiu que cada um dos municípios pudesse fazer esses planos, tendo em conta um plano intermunicipal, o que já existe na CIMAC e que tem vindo a ser adaptado às circunstâncias.

O presidente da CIMAC salientou ainda a “importância da tomada de consciência de que os municípios também têm apesar ser um problema mundial e de ser necessário medidas mundiais, mas, naturalmente, nós podemos também fazer a nossa parte e cooperar relativamente àquilo que nos cabe fazer e é isso que estes planos apontam.

O grande desafio agora é concretizar estes planos e por isso considero que isto é um ponto de chegada e um ponto de partida, porque não basta a boa vontade, vamos ter que ter meios para concretizar os planos, apesar dos meios e recursos parcos dos municípios há necessidade de outros meios”, frisou Carlos Pinto de Sá.

Para Carlos Pinto de Sá, “os Municípios têm que, outros níveis reequacionar, por exemplo, como é que as nossas zonas verdes podem e devem ser alteradas para que haja um menor gasto água ou por questões mais genéricas que nos obrigam até a cooperar com outras entidades, como por exemplo, nos fogos florestais

Há um conjunto muito significativo de problemas que têm de ser estudados não apenas pelos municípios, mas em parceria e por isso esses planos apontam nesse sentido e julgo que é um passo muito importante para a tomada de consciência”, concluiu Carlos Pinto de Sá.

Fonte: O Digital

04/06/2023

Financiamento e recursos humanos são entraves à adaptação climática no Alentejo

Projeto financiado pelos EEA Grants permitiu a 14 municípios da região criar estratégias integradas para enfrentar as consequências das alterações climáticas. “Os desafios são grandes para o poder local, daí a importância destes planos de ação”, considera o presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central.

 

 

Nos próximos 30 anos, a região do Alentejo corre o risco de perder entre 28% e 40% dos recursos hídricos disponíveis. Este é o cenário que ajuda a enquadrar a urgência da resposta aos desafios levantados pelas alterações climáticas, em particular numa zona do país especialmente afetada por longos e intensos períodos de seca. Apesar das estimativas, Carlos Pinto de Sá, presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC), não tem dúvidas de que será possível ultrapassar estes obstáculos. Para isso, porém, é preciso ação. “Em Portugal não nos faltam diagnósticos, o problema está na concretização”, considerou, esta sexta-feira, durante uma conferência promovida em Évora.

O também autarca da capital de distrito foi um entre mais de uma dezena de oradores que participaram no encerramento do Adapta.Local.CIMAC, uma iniciativa desenhada para criar Planos Municipais de Adaptação às Alterações Climáticas em 14 concelhos do Alentejo Central. “Os desafios são grandes para o poder local, daí a importância destes planos de ação”, disse ainda Pinto de Sá. Além de preparar a região para os efeitos das mudanças do clima com documentos que identificam áreas de ação prioritária em cada município, o projeto financiado pelos EEA Grants promoveu a capacitação dos recursos humanos das autarquias e sessões de sensibilização com a população.

 

As metas a atingir – desde a gestão da água à eficiência energética, entre tantos outros domínios ligados à sustentabilidade – são “brutalmente exigentes em termos de investimento”.

 

“Foi um processo participativo em que a comunidade contribuiu para a definição dos planos de ação”, destacou João Sardinha. O técnico superior da CIMAC lembrou o sucesso alcançado através da realização de 14 conselhos locais juniores e 14 seniores, que reuniram mais de 900 pessoas dos 14 municípios, durante os quais foram sugeridas medidas de adaptação a adotar. João Sardinha quer ver este modelo de participação cívica a ser mantido ao longo dos próximos anos, de forma a assegurar o envolvimento e a auscultação das comunidades. “Para se ser bem-sucedido na implementação de medidas climáticas é preciso ter o apoio dos munícipes”, acrescentou ainda Malgorzata K. Rudnicka, da consultora International Development Norway (IDN) que acompanhou o processo desde 2021.

 

Obstáculos a ultrapassar

Na análise realizada pela IDN aos desafios enfrentados pelas autarquias na adaptação climática, Rudnicka assinalou a dificuldade em “contar com instrumentos financeiros e subsídios” que apoiem este trabalho, mas também a falta de recursos humanos disponíveis para endereçar esta missão. “Os pequenos municípios em particular precisam de apoio em termos de conhecimento e de orientação”, apontou. Foi precisamente a pensar na capacitação dos técnicos e dos agentes políticos que este projeto contou também com a consultoria do CEDRU – Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano. “Em cada um dos municípios foi desenhada uma estratégia de adaptação e um plano de ação, que identifica as atividades que é preciso implementar até ao final da década”, explicou o presidente Sérgio Barroso. Foram ainda organizados 12 eventos, entre webinares e workshops temáticos.

Fonte: Diário de Notícias

03/06/2023

Câmara das Caldas quer localização do novo Centro Hospitalar do Oeste assente em “multicritérios”

04-04-2023

Ministério da Saúde prometeu a decisão sobre o local para a nova unidade até ao final de março, mas recebeu um novo parecer técnico e científico encomendado pela autarquia das Caldas da Rainha e adiou esta posição por mais um mês. A intenção foi dar tempo ao Grupo de Trabalho que tem este dossiê em mãos para analisar todas as propostas.

Desde 2008, que a tutela da Saúde procura uma solução para uma nova estrutura de cuidados hospitalares para a região do Oeste, de forma a servir as necessidades da população. Durante a última década, as soluções oscilaram entre construir um novo hospital, remodelar o antigo Hospital das Caldas da Rainha, processo que foi iniciado e ainda está em curso, até, de novo, à decisão de um novo Centro Hospitalar para o Oeste, construído de raiz. Esta é a opção que está agora a ser trabalhada para se escolher o local onde se irá localizar.

O Ministério da Saúde, já sob a égide de Manuel Pizarro, prometeu em novembro de 2022, que tomaria uma decisão sobre este assunto até ao final do primeiro trimestre de 2023, mas recebeu esta semana um novo parecer técnico e científico, encomendado pela Câmara das Caldas da Rainha, e decidiu prolongar por mais um mês o funcionamento do Grupo de Trabalho que tem esta questão em mãos e está a analisar todos os estudos e pareceres, soube o DN.

Ontem mesmo, o presidente da Câmara das Caldas, Vítor Marques, defendeu não existirem condições para a tomada de uma decisão até ao fim do mês, pois esta tem de estar “bem sustentada em estudos técnicos”. “Se realmente a decisão tiver que ser tomada até ao final do mês, penso que não estão garantidas as condições para que isso seja feito e seria muito, muito grave”, afirmou à Agência Lusa, como reação à entrega de uma petição, com cerca de 27 mil assinaturas, em que o primeiro proponente é o antigo presidente da Autarquia de Torres Vedras, a pedir que a localização do futuro hospital do Oeste seja decidida neste prazo.

A localização para a nova unidade do Oeste não é pacífica com as autarquias das Caldas e de Óbidos a contestarem as conclusões de um primeiro estudo, realizado pela Comunidade Intermunicipal do Oeste (CIM), que aponta o Bombarral, como a localização mais indicada. Ambas dizem que este estudo não teve em conta “uma abordagem de multicritérios”, como realidades sociais, económicas e geográficas. Pelo contrário, estas autarquias defendem que tal localização está sustentada apenas no critério da distância entre concelhos, sem ter em atenção o desenvolvimento e a área da influência da região.

E foi neste sentido que fizeram chegar, esta semana, ao Ministério da Saúde um “parecer técnico-científico que define as metodologias a adotar na definição da localização do novo Centro Hospitalar do Oeste (CHO)” e que defende ser “”indispensável” que nesta decisão sejam envolvidos os ministérios da Coesão Territorial e da Economia, bem como a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDRLVT) e a autoridade de Gestão do Programa Regional do Centro 2021-2027.

Segundo é explicado no documento, este parecer foi realizado pelo Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano (CEDRU), com a colaboração de investigadores do FUNDEC – Associação para a Formação e o Desenvolvimento em Engenharia Civil e Arquitetura do Instituto Superior Técnico (IST), da Universidade de Lisboa, e da Unidade de Investigação em Governança, Competitividade e Políticas Públicas (GOVCOPP), da Universidade de Aveiro (UA). E tem como “objetivo principal apresentar uma proposta metodológica para o processo de localização da nova unidade hospitalar do Oeste, adequada à realidade social, económica e territorial desta sub-região e suportada no melhor conhecimento científico sobre processos técnicos de apoio à tomada de decisão.” A metodologia usada levou, em primeiro lugar, “à análise da evolução da oferta hospitalar no Oeste e as várias etapas do atual processo de redefinição da oferta; ao estudo do quadro de fundamentos teóricos sobre a localização de equipamentos de nível superior e a sua relação com o sistema urbano; tendo sido ainda analisados cada um dos três estudos de apoio à definição da oferta hospitalar no Oeste realizados desde 2009 e identificadas lições de experiência”.

“Qualquer avaliação das várias opções de localização do CHO seja antecedida da definição pelo Ministério da Saúde da área de influência do CHO”.

Posto isto, é assumido no parecer haver uma “degradação da qualidade da oferta de serviços hospitalares nesta sub-região”, que está já “desadequada às necessidades das populações”. O documento regista também que “esta fragilidade na oferta de cuidados hospitalares públicos está patente na recente expansão da oferta hospitalar privada, nomeadamente no concelho de Torres Vedras”.

Por isto, é recomendando que “qualquer avaliação das várias opções de localização do CHO seja antecedida da definição pelo Ministério da Saúde da área de influência do CHO”. Uma área de influência que “deve ser coerente com a realidade da procura efetiva, e enquadrada num planeamento regional da oferta hospitalar que considere toda a Região de Lisboa e Vale do Tejo, bem como a Região de Leiria”, sublinhando-se que “a correta definição da área de influência do CHO é decisiva para que a análise da acessibilidade seja rigorosa, coerente com a realidade da procura dos serviços hospitalares no Oeste e reconhecida como credível pela comunidade em geral.”

Uma das conclusões principais deste documento é precisamente que seja tida em conta a área geográfica do Oeste e como esta se distribui. Ou seja, especificam, a recente modernização da oferta hospitalar em concelhos como Loures ou Vila Franca de Xira, levou a que as populações residentes em Alenquer, Arruda dos Vinhos e Sobral de Monte Agraço ou em Mafra, procurassem ali cuidados hospitalares.

Mas a distribuição geográfica levou também à integração dos concelhos da Nazaré e de parte do concelho de Alcobaça na área de influência do Centro Hospitalar de Leiria, bem como à integração da população residente no concelho de Rio Maior no Hospital das Caldas da Rainha. Ora, refere-se no documento, “a compreensão desta geografia é indispensável para uma adequada definição da área de influência do futuro CHO que servirá de base à escolha da melhor localização da nova unidade hospitalar.”

O parecer considera ainda que o não ter tido em conta esta distribuição geográfica é “uma das principais fragilidades do estudo desenvolvido pela AD NOVA IMS (2022) para a Oeste/CIM”, que indica o Bombarral e Torres Vedras como as áreas indicadas para a construção do CHO. O documento entregue pela autarquia das Caldas considera que o estudo do CIM teve em conta “como área de estudo um território que não coincide nem com a área de influência referida em documentos oficiais do Centro Hospitalar do Oeste, E.P.E., nem com aquela que advém da proveniência da procura efetiva”, defendendo que, de acordo com as políticas públicas de planeamento e ordenamento do território, “Caldas da Rainha, Santarém, e Torres Vedras são considerados centros urbanos regionais, individualmente”. Acrescentando: “A não consideração deste modelo territorial e do sistema urbano do PROT-OVT no processo de tomada de decisão do novo hospital do Oeste, não só constitui uma violação grosseira das suas normas, como contraria a política nacional de ordenamento do território.

O processo de escolha, refere o documento, deve ser “realizado a partir de um processo claro, transparente, metodologicamente robusto, participado, e que pondere todos os fatores considerados pertinentes.” As autarquias da sub-região parecem não se entender em relação ao local para a nova unidade. A decisão cabe à tutela. As populações aguardam há mais de uma década por melhor resposta na Saúde.

Fonte: DN

24/03/2023

Parecer técnico defende envolvimento dos ministérios da Coesão e da Economia na localização do hospital do Oeste

Um estudo técnico entregue pela Câmara das Caldas da Rainha ao Governo defende que a escolha da localização do novo hospital do Oeste deve envolver, além do Ministério da Saúde, os da Coesão Territorial e da Economia.

 

O Parecer técnico-científico sobre as metodologias a adotar na definição da localização do novo Centro Hospitalar do Oeste, a que a agência Lusa teve hoje acesso, considera “indispensável” que o Ministério da Coesão Territorial, o Ministério da Economia, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDRLVT) e a autoridade de Gestão do Programa Regional do Centro 2021-2027 “participem no processo de tomada de decisão da escolha de localização” do novo hospital.

A localização da nova unidade está a ser estudada por um grupo de trabalho criado pelo Governo e que deveria apresentar conclusões até ao final de março. A decisão está a ser avaliada com base num estudo encomendado pela Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim) e que apontou o concelho do Bombarral como a melhor localização para a construção do novo hospital.

As câmaras das Caldas da Rainha e de Óbidos (distrito de Leiria), que contestam esta conclusão, entregaram na terça-feira ao ministro da Saúde, Manuel Pizarro, um parecer técnico que defende que “a localização seja acompanhada de medidas de mitigação dos impactes sociais e económicos, que deverão ser devidamente enquadrados nos instrumentos de financiamento da Política de Coesão para o período 2021-2027 e pós 2030”.

Recomenda-se que estes ministérios, além de participarem na decisão, “desencadeiem, em concertação com a OesteCim, a identificação de medidas de mitigação e reparação a implementar nos centros urbanos afetados, bem como dos recursos financeiros que as viabilizam”.

O documento, elaborado pelo Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano (CEDRU), recomenda uma “avaliação multicritério” das várias opções de localização, tal como tem sido defendido pelas duas autarquias que contestam o estudo da OesteCim, por considerarem, entre outras questões, que prioriza os critérios de distância e tempo na acessibilidade de todos os concelhos ao futuro hospital.

O documento agora entregue recomenda que a avaliação “deve ser antecedida pela definição, pelo Ministério da Saúde, da área de influência do Centro Hospitalar do Oeste”, a qual “deve ser coerente com a realidade da procura efetiva e ser enquadrada por um planeamento regional da oferta hospitalar que considera toda a região de Lisboa e Vale do Tejo, bom como a região de Leiria”.

A avaliação das localizações possíveis deve ainda, segundo o parecer, ser antecedida da identificação dos centros urbanos “que reúnem condições para acolher uma unidade hospitalar de âmbito regional”, realizada pela CCDRLVT.

O parecer foi enviado ao Ministério da Saúde e entregue à coordenadora do grupo de trabalho, a antiga ministra da Saúde Ana Jorge.

O novo hospital deverá substituir o atual Centro Hospitalar do Oeste, que integra os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, tendo uma área de influência constituída pelas populações dos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.

Fonte: saudemais.tv

22/03/2023

Novo parecer técnico sobre localização do Centro Hospitalar do Oeste

O presidente da Câmara das Caldas da Rainha, Vítor Marques, enviou, esta sexta-feira, ao primeiro-ministro, ao presidente da República e aos grupos parlamentares um parecer técnico-científico sobre as metodologias a adotar na definição da localização do novo Centro Hospital do Oeste (CHO).

 

Hoje, a partir das 16.30 horas, o município promove uma iniciativa de mobilização cívica, designada “Vozes pelo hospital – Em defesa da saúde no Oeste”, seguida de uma vigília, no largo do Hospital Termal, onde se irá bater pela construção do CHO num terreno situado em Óbidos e nas Caldas.

Elaborado pela Universidade de Aveiro, pelo Instituto Superior Técnico e pelo Centro de Estudos e Desenvolvimento Rural e Urbano (CEDRU), o parecer já tinha sido entregue a Ana Jorge, coordenadora do grupo de trabalho que indicará a melhor localização para o novo CHO.

A primeira data apontada para anunciar a decisão era precisamente o dia de hoje, 31 de março, mas Vítor Marques garante ao JN que houve abertura do ministro da Saúde, Manuel Pizarro, para adiar a escolha até ao final de abril.

Estudo redutor

O pedido deste parecer surge após a Comunidade Intermunicipal do Oeste ter apresentado um estudo da Universidade Nova a defender como localização do novo CHO o Bombarral. “Não nos revemos nesse estudo. Os critérios do tempo e da distância são muito redutores”, justifica Vítor Marques.

Já este parecer defende que deve ser considerada a acessibilidade dos utentes potenciais e dos recursos humanos a deslocalizar; os custos de acessibilidade; as externalidades ambientais; a mobilidade; e as condições para alavancar efeitos económicos e de I&D que acelerem o desenvolvimento regional.

Os autores deste estudo consideram ainda fundamental ter em conta as condições para que os trabalhadores deslocalizados e as suas famílias possam residir na proximidade do novo CHO com qualidade de vida; e as condições de atração e fixação de novos profissionais qualificados, respondendo às suas expectativas de vida.

O presidente da autarquia garante ao JN que a solução de construir o novo CHO num terreno plano com 60 hectares, propriedade dos municípios de Óbidos (35 hectares) e das Caldas da Rainha, é a mais sensata, por serem terrenos públicos, e estar a decorrer a revisão do Plano Diretor Municipal nos dois concelhos.

Além disso, Vítor Marques argumenta que se pode utilizar um projeto que já esteja feito, para poupar tempo e recursos. Revela ainda que esta localização conta com o apoio do presidente da Câmara de Rio Maior, Luís Santana Dias, e de outros autarcas, que preferem não o assumir publicamente.

“A região Oeste é das piores do país em termos de oferta hospitalar”, afirma Vítor Marques. “O CHO tem de fazer parte da rede nacional hospitalar. A decisão tem de se basear em múltiplos critérios. Esperamos que haja bom senso, até porque estamos a falar de um investimento público superior a 150 milhões de euros.”

Vozes pelo hospital

A partir das 16 horas de amanhã, dia 1, haverá animação musical por diferentes ruas das Caldas da Rainha até ao largo do Hospital Termal, onde atuará o grupo de Bombos da Escola Técnica e Empresarial do Oeste, Gaiteiros da Fanadia e da Banda de Comércio e Indústria.

Às 17.15, será a vez de dar a voz aos munícipes que queiram intervir, mediante inscrição no local. Cerca de uma hora depois, o palco será da cantora Joana Rodrigues e, pelas 18.40 horas, estão previstas intervenções políticas. Às 19:30 horas, decorrerá uma vigília pelo hospital e, 15 minutos mais tarde, segue-se a atuação do Grupo Coral da Casa do Pessoal do Centro Hospitalar das Caldas da Rainha.

Fonte: JN

31/03/2023

Politécnico de Beja quer ser mais “competitivo” e “atrativo”

27-06-2022

O Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) pretende ser mais “competitivo” e “atrativo” e, até 2025, vai apostar em áreas como a agricultura, a cibersegurança e a água, revela a presidente da instituição alentejana, Maria de Fátima Carvalho.

As metas fazem parte do ‘Plano Estratégico IPBeja 2025’, já aprovado pelo seu conselho geral, que tem por base o plano de ação apresentado em outubro de 2021 pela nova presidência.

Em comunicado, o IPBeja revela que o plano estratégico foi desenvolvido em conjunto com o Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano (CEDRU) e pretende “constituir-se como o instrumento de reflexão e referência estratégica”.

“O que pretendemos é alavancar o IPBeja, tornando-o competitivo e atrativo, para que ele possa perdurar no futuro”, frisa ao “CA” a presidente da instituição.

Segundo Maria de Fátima Carvalho, um dos “pilares” desta estratégia passa pela criação de uma nova residência de estudantes, avaliada em cerca de 15 milhões de euros e já candidatada ao Plano de Recuperação e Resiliência, que irá dotar o IPBeja “de grande capacidade de alojamento a baixo custo”.

“Também já alcançámos a meta do ‘Campus Saudável’, que vai permitir uma melhoria da qualidade de vida no ‘campus’” e “conseguir que sejam associados projetos de investigação nesta área”, adianta.

Nos próximos quatro anos, o IPBeja irá igualmente apostar na investigação em áreas como a agricultura, “através de ensaios para a comunidade, com laboratórios vivos”, ou a cibersegurança, em que tem sido “pioneiro”.

“Também somos uma instituição que tem um saber acumulado de há vários anos no domínio da água e queremos afirmar-nos como instituição nacional com grande saber nesse domínio”, acrescenta Maria de Fátima Carvalho.

Integrar o IPBeja “numa universidade europeia” e ter uma “relação muito estreita com as empresas da região”, com formações que “possam ir ao encontro das suas necessidades”, são outras das ambições da instituição de ensino baixo-alentejana.

Por isso, “já estamos a iniciar uma pós-graduação” em Gestão Sustentável do Setor Olivícola “e vamos continuar nesta política de aproximação à comunidade”, exemplifica.

Maria de Fátima Carvalho diz esperar que, com tudo isto, seja possível o IPBeja “aumentar o seu ‘peso’ na região”.

“Gostaria que a região nos visse como um parceiro de facto e como uma instituição a quem podem recorrer e ver as suas necessidades resolvidas no que toca à formação, à investigação aplicada e à produção de técnicos de qualidade”, revela.

Fonte: Correio Alentejo

03/06/2022

BEJA APROVA PLANO

O Conselho Geral do Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) aprovou, no passado dia 9 de maio, o Plano Estratégico da instituição até 2025. O documento, da responsabilidade da Presidência do IPBeja e desenvolvido em conjunto com o Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano (CEDRU), pretende constituir-se como o instrumento de reflexão e referência estratégica para o horizonte temporal 2025.

De acordo com a instituição, o Plano “procura contribuir para a afirmação do IPBeja ao nível internacional, nacional e regional, reforçando as suas bases de sustentabilidade enquanto instituição de referência no domínio territorial, económico e social do Alentejo, interveniente da maior relevância em matéria de desenvolvimento regional, empresarial e cultural”.

Neste contexto, tem como ponto de partida os vários planos estratégicos estruturados e implementados para o IPBeja ao longo do último decénio e o Programa de Ação da Candidatura “Afirmar o Presente para Sustentar o Futuro”, ao cargo de Presidente do IPBeja 2021-2025, apresentado por Maria de Fátima Nunes de Carvalho, em outubro de 2021.

O documento “procura definir um referencial estratégico, a ser desenvolvido através de um programa de intervenções condutor do âmbito e da atuação dos atores envolvidos no funcionamento e dinamização do IPBeja, num pressuposto de colaboração alargado”.

Fonte: Ensino Magazine

20/05/2022

Instituição de ensino superior quer ser mais “competitiva” e “atrativa”

O Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) pretende ser mais “competitivo” e “atrativo” e, até 2025, vai apostar em áreas como a agricultura, a cibersegurança e a água, revela a presidente da instituição, Maria de Fátima Carvalho.

 

As metas fazem parte do «Plano Estratégico IPBeja 2025», já aprovado pelo seu Conselho Geral, que tem por base o plano de ação apresentado em outubro de 2021 pela nova presidência. O documento foi desenvolvido, em conjunto, com o Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano (CEDRU) e pretende “constituir-se como o instrumento de reflexão e referência estratégica”.

“Alavancar o IPBeja, tornando-o competitivo e atrativo, para que ele possa perdurar no futuro”. Segundo Maria de Fátima Carvalho, um dos “pilares” desta estratégia passa pela criação de uma nova residência de estudantes, avaliada em cerca de 15 milhões de euros e já candidatada ao Plano de Recuperação e Resiliência, que irá dotar a instituição “de grande capacidade de alojamento a baixo custo”.

“Também já alcançámos a meta do «Campus Saudável’», que vai permitir uma melhoria da qualidade de vida e “conseguir que sejam associados projetos de investigação nesta área”, revelou.

Nos próximos quatro anos, o IPBeja irá igualmente apostar na investigação em áreas como a agricultura, “através de ensaios para a comunidade, com laboratórios vivos”, ou a cibersegurança, em que tem sido “pioneiro”.

“Também somos uma instituição que tem um saber acumulado de há vários anos no domínio da água e queremos afirmar-nos como instituição nacional com grande saber nesta área”, acrescentou Maria de Fátima Carvalho.

Integrar o IPBeja “numa universidade europeia” e ter uma “relação muito estreita com as empresas da região”, com formações que “possam ir ao encontro das suas necessidades”, são outras das ambições da instituição de ensino alentejana.

Por isso, “já estamos a iniciar uma pós-graduação” em Gestão Sustentável do Setor Olivícola “e vamos continuar nesta política de aproximação à comunidade”, exemplificou.

Maria de Fátima Carvalho disse esperar que, com tudo isto, seja possível o IPBeja “aumentar o seu «peso» na região”.

“Gostaria que a região nos visse como um parceiro de facto e como uma instituição a quem podem recorrer e ver as suas necessidades resolvidas no que toca à formação, à investigação aplicada e à produção de técnicos de qualidade”, relevou.

Criado em 1979, o IPBeja entrou em funcionamento em 1985 e é composto pelas escolas superiores Agrária, de Educação, de Saúde, e de Tecnologia e de Gestão.

No final de 2021, a instituição contava com um total de 282 professores, disponibilizando, aos seus mais de 3.000 alunos, 17 cursos técnicos superiores profissionais, 16 licenciaturas, 15 mestrados e quatro pós-graduações.

Fonte: Voz da Planície

07/06/2022