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Castelo Branco: Município com plano de prevenção climático
Castelo Branco apresentado na passada semana o seu Plano Municipal de Ação Climática. O objetivo passa por tentar combater as alterações climáticas e alcançar a neutralidade carbónica, conforme foi garantido pelo município no decurso de uma sessão pública.
O Plano Municipal de Ação Climática assume-se como um compromisso “em aumentar a capacidade de preparação para lidar com as alterações climáticas, definindo ações estratégias a implementar até ao ano de 2050”. A apresentação contou com as intervenções da vereadora Patrícia Coelho, do Diretor do CEDRU – Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano, Sérgio Barroso, e do presidente da câmara, Leopoldo Rodrigues.
“Castelo Branco assume esta responsabilidade com determinação e visão estratégica”, referiu Patrícia Coelho. “O aumento das temperaturas, as secas prolongadas, os fenómenos climáticos extremos e a perda da biodiversidade são realidades que afetam o mundo, em geral, e a nossa região, em particular. Como tal, a resposta deve ser urgente, estruturada e eficaz”, acrescentou.
Sérgio Barroso explicou por seu lado que que o plano identificou “objetivos estratégicos e medidas para proteger as pessoas; proteger os recursos naturais; transformar os edifícios para a eficiência térmica e hídrica; transformar os espaços urbanos para o calor e a escassez hídrica; transformar as infraestruturas para os eventos extremos de precipitação e as secas; e transformar os espaços agroflorestais para a resiliência à seca e aos incêndios”.
Já Leopoldo Rodrigues reconheceu que “a pobreza energética e o conforto térmico habitacional são duas áreas críticas que têm que ser melhoradas e, por isso, temos de trabalhar muito na qualidade da habitação e da construção para salvaguardar a eficiência energética”. “Relativamente à capacidade de produção de energia, sobretudo solar, está prevista a implementação de alguns parques fotovoltaicos”, revelou, explicando contudo que “município colocou algumas condições aos operadores e não será autorizada a construção em solos que têm muita exploração agrícola, em espaços de muita arborização, nem em locais onde o impacto visual e ambiental seja negativo”.
O autarca concluiu a sua intervenção dizendo que o município tem “a ambição de tornar Castelo Branco numa cidade com capacidade para ser autossuficiente no futuro, ou aproximar-se da autossuficiência energética”, mas “as previsões assustam e caminha-se para dias difíceis”. Por isso, deixou claro que “temos que ter uma dinâmica próxima e a colaboração das entidades, empresas e cidadãos para sermos parceiros do mesmo objetivo”.
Fonte: Reconquista
12/02/2025