A integração de Portugal da Comunidade Económica Europeia, em 1986, se por um lado permitiu o acesso a apoios financeiros de ajuda ao desenvolvimento particularmente avultados e essenciais para recuperar o atraso estrutural (económico, social, cultural e territorial) que o país revelava, por outro lado, lançou novas interrogações e desafios sobre o novo modelo de desenvolvimento a prosseguir e as áreas prioritárias de investimento.

O Estudo, surgido na sequência do Estudo de Avaliação Ex-Ante e Metodologia para a Avaliação Ex-Post do Quadro Comunitário de Apoio (QCA) I, constituiu uma avaliação intercalar visando, a um tempo, avaliar o impacte macroeconómico do QCA I, comparando a trajectória de crescimento das regiões portuguesas Objectivo 1, com e sem intervenção comunitária e, a outro tempo, apreciar os procedimentos de execução os seus efeitos sobre os processos de planeamento das intervenções estruturais.

Globalmente, concluiu-se que, apesar da boa execução do QCA nos primeiros anos e da indispensabilidade da importância do QCA I para a modernização das infra-estruturas e dos equipamentos, em Portugal, e para o reforço do seu sistema de produção, o impacte macroeconómico da sua execução foi muito limitado face ao esforço necessário para alcançar um nível razoável de convergência económica e social com a média comunitária.